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Google GPS


Um milhão de portugueses já usa o Google Maps no telemóvel, e dentro de pouco tempo poderão pedir um itinerário em voz alta, sem precisar de premir uma tecla. Esta será a próxima adição ao serviço Google Maps Navigation, que a gigante dos motores de busca acaba de disponibilizar com indicações sonoras em português (o chamado turn-by-turn, vire à direita e vire à esquerda). Quem o garante é Hugo Barra, responsável da Google Europa para o Maps Navigation, que explicou ao i qual a estratégia por detrás dos novos lançamentos.


"A intenção não é concorrer com os navegadores GPS presentes no mercado, é evoluir o nosso produto", indica o responsável brasileiro, sedeado em Londres. "O turn-by-turn era a funcionalidade mais pedida para o Google Maps Mobile", continua, frisando que o serviço demorou a sair porque é "muito complexo".

Ainda assim, Hugo Barra reconhece que o Google Maps Navigation vai concorrer com as marcas de GPS - e com o aliciante de ser um produto gratuito, sem necessidade de fazer actualizações (estas são automáticas) e capaz de reconhecer destinos genéricos: enquanto um navegador GPS lhe pede a morada, no Maps pode digitar algo menos concreto, como "Colecção Berardo", e o sistema saberá que quer ir para o CCB.

O facto de ser gratuito não implica que seja menos fiável, assegura Hugo Barra. "Testámos o produto em Portugal até ao ponto em que temos um nível muito alto de segurança", sublinha. A Google viu-se recentemente envolvida no polémico acidente de uma norte--americana que seguiu as indicações "A pé" do Google Maps e foi parar a uma auto-estrada, acabando por ser atropelada. A mulher acusa a Google de negligência, embora a funcionalidade "A pé" inclua o aviso de que o serviço está ainda em desenvolvimento. Além disso, argumentam os defensores da Google, é sempre preciso usar o bom senso quando se utiliza qualquer aplicação de GPS.

As três maiores fabricantes de navegadores GPS do mercado, TomTom, Garmin e NDrive, não acreditam que funcionalidades gratuitas como a da Google prejudiquem as suas vendas. Eduardo Carqueja, administrador da portuguesa NDrive, lembra que estes serviços são gratuitos mas, por enquanto, só funcionam em telemóveis com o sistema Android (da Google), além de exigirem conexão à internet e um plano de consumo de dados, para não sair muito caro.

Por outro lado, o director nacional da TomTom, Nuno Gomes de Azevedo, frisa que "a qualidade não é semelhante" nos telemóveis, faltando nitidez nas instruções de voz e um tamanho razoável de ecrã. "O mesmo acontece com o consumo elevado da bateria", adianta, "e quando o telefone toca a navegação é interrompida". Também Carlos Martins, director da Garmin, garante que os serviços gratuitos ainda não ameaçam o mercado de navegadores GPS.

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