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O desemprego em Portugal, é o problema Social mais grave neste momento

problema Social
Em Maio de 2012, na conferência de imprensa de encerramento do conselho para a globalização 2012, em Cascais, Cavaco Silva, referindo-se ao crescimento económico e à dimensão atingido pelo desemprego no nosso país, afirmou textualmente o seguinte: “Eu já tive a ousadia de afirmar que face aos indicadores positivos que tenho recolhido um pouco por todo o país - no domínio da inovação, da criatividade, da melhoria da qualidade dos produtos e da vontade exportadora do nosso tecido empresarial – que existir alguma possibilidade de inversão da tendência no segundo semestre deste ano" (Lusa, 4 de Maio 2012).

Se esta declaração fosse ou se revelasse verdadeira, ter-se-ia crescimento de emprego sem crescimento económico, ou melhor, com recessão económica.
Dito por um presidente, que se afirma também economista, tal afirmação não deixa de ser insólita. Interessa, por isso, esclarecer esta questão que é importante, até para que não se criem ilusões que só servem para adiar uma politica de crescimento económico que é necessária, só possível de implementar com uma intervenção intensa do Estado, pois os privados não investem por mais declarações que se façam. O adiamento de tal politica está a tornar o problema muito mais grave quer sob ponto de vista social quer de resolver. 

Em primeiro lugar, o desemprego é o problema social mais grave que o país enfrenta neste momento; depois, porque as próprias previsões oficias de crescimento da economia portuguesa, quando conseguir sair da recessão económica em que está mergulhada (e não se sabe ao certo quando isso acontecerá) são muito reduzidas, para não dizer que apontam para um crescimento anémico.

No Documento de Estratégia Orçamental 2010-2016 do XIX governo prevê-se que “em todo o horizonte da projecção (2010/2060), o PIB real crescer abaixo dos 2%” (pág. 39.). 

E esta previsão é ainda agravada pela aprovação do chamado Pacto Orçamental a nível da Zona Euro que impõe aos países um défice estrutural máximo de 0,5% do PIB, o que impede, se for respeitado, que o Estado possa ter qualquer politica de promoção do crescimento económico. 

Assim, a questão que é importante esclarecer é se é possível haver, não uma redução da taxa de desemprego, mas pelo menos um crescimento liquido do emprego sem crescimento económico como afirmou Cavaco Silva, ou mesmo com um crescimento anémico como apontam as previsões oficiais; por outras palavras, se as declarações de Cavaco Silva e as posteriores de Passos Coelho, de que 2013 será o ano da inversão da situação, têm alguma consistência/credibilidade técnica. Para responder de uma forma objectiva a esta questão, interessa analisar, com a base na experiência passada, a correlação que existe em Portugal entre taxa de variação PIB real, taxa de variação do emprego, e taxa de desemprego.

Para saber mais, clique aqui

Fonte : Cadernos de Economia da Ordem dos Economistas (nº Julho/Setembro 2012)

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