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Críticas às medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro, Passos Coelho.

( Via Público ) As medidas de austeridade anunciadas na sexta-feira pelo primeiro-ministro estão a provocar um profundo descontentamento no PSD. "Sinto uma grande revolta dentro do PSD, porque o primeiro-ministro foi longe de mais. Estas medidas deviam ser as últimas a ser tomadas porque não se vê da parte do Governo vontade em acabar, por exemplo, com os benefícios fiscais das fundações". O desabafo é de um deputado da bancada do PSD que chega mesmo a dizer que Pedro Passos Coelho não está preparado para ser primeiro-ministro. 

O outro partido da coligação, o CDS, diz que "quem toma estas decisões não anda na rua a falar com as pessoas" e que "o Governo não toma medidas para pôr ordem a clientela política". A Juventude Social-Democrata (JSD) e os Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) também discordam da receita do primeiro-ministro e pedem explicações. A JSD exigiu ontem ao Governo que aumente a equidade na distribuição dos sacrifícios através de medidas de corte na despesa e que renegoceie as parceiras público-privadas rodoviárias, sugerindo mesmo a aplicação de um imposto extraordinário às empresas beneficiadas por rendas excessivas. 

Exortando o Governo a prestar todos os esclarecimentos, o conselho directivo dos Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) diz que as medidas anunciadas "transmitem a incómoda sensação de se onerarem os rendimentos do trabalho e, ao invés, desonerarem os rendimentos do capital. Tal sensação vem minar a indispensável confiança que tem de existir entre governantes e governados (sobretudo os que vivem do seu salário)". Sexta-feira, um pouco antes da hora dos telejornais da noite, os portugueses ficaram a saber que a austeridade vai continuar e que vão perder entre um e dois salários em 2013. Passos Coelho comunicou que todos os trabalhadores, sejam do sector público ou do sector privado, passarão a descontar 18% para a Segurança Social, em vez dos actuais 11%.  

Em contrapartida descem as contribuições das empresas da actual taxa de 23,75% para 18%, conseguindo, assim, a redução de uma das suas bandeiras: a Taxa Social Única (TSU), reclamada pelos patrões e defendida pela troika. A função pública vai perder o equivalente a dois subsídios, tal como os pensionistas e os trabalhares do sector privado vão deixar de contar um salário mensal. Desta forma, o primeiro-ministro espera compensar o "chumbo" do Tribunal Constitucional e tentar combater o desemprego, aliviando as empresas. 



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